No fim da tarde desta sexta-feira (4), a Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais) detalhou o cronograma de recuperação da adutora do Sistema Serra Azul que se rompeu em Betim, no último dia 1º, causando o desabastecimento de água em dezenas de bairros da cidade.
O diretor de empreendimentos da Copasa, Ricardo Simões, disse que a recuperação total da adutora pode levar até seis meses. Até lá, manobras na rede de distribuição devem garantir o abastecimento por meio do Sistema Rio Manso até que uma adutora de menor porte seja construída na região do rio Paraopeba, o que pode levar mais 20 dias.
Etapas para a recuperação da adutora da Copasa:
Etapa 1 (imediata)
Obras emergenciais na tarde de hoje devem normalizar o atendimento nas regiões de Marimbá e Vianópolis, em Betim.
Etapa 2 (15 a 20 dias)
Construção de uma adutora de menor porte paralela à adutora existente, o que irá possibilitar uma recuperação de abastecimento do sistema Serra Azul da ordem de 600 a 800 litros de água por segundo.
De acordo com a empresa, antes do rompimento da adutora, o sistema Serra Azul vinha trabalhando com uma produção de 2 mil litros por segundo.
Etapa 3 (até 6 meses)
Já na terceira etapa, com previsão de duração de até seis meses, serão realizadas as obras definitivas para recuperação da adutora.
Durante esse período, a Copasa vai utilizar os outros sistemas que abastecem a Região Metropolitana de Belo Horizonte (Rio das Velhas, Rio Manso e Várzea das Flores) até o sistema Serra Azul voltar a operar com a capacidade total.
O que aconteceu
Na terça-feira (1º), uma adutora que passa sobre o rio Paraopeba, entre os municípios de Betim e Juatuba, na Grande BH, se rompeu. O incidente afetou a rede de distribuição da Copasa em 30 bairros da cidade, além dos municípios de Mateus Leme e Juatuba.
A companhia chegou a restabelecer os serviços em algumas áreas afetadas, no entanto, dez bairros continuam sem água. Até o momento, as causas do rompimento são desconhecidas. A região foi severamente afetada pelas chuvas no início do ano, o que pode ter comprometido a estrutura.
Situação de emergência
Na tarde desta sexta, o prefeito Vittorio Medioli (sem partido) decretou situação de emergência em Betim, caracterizada por “situação anormal”, em razão do possível risco de desabastecimento em hospitais, clínicas, escolas e demais serviços públicos e privados. Nove unidades da rede municipal de educação suspenderam as atividades hoje por falta d’água.