Em edição extra no Órgão Oficial do Município, o prefeito Vittorio Medioli (sem partido) decretou situação de emergência em Betim, caracterizada por “situação anormal”, em razão do rompimento de uma adutora da Copasa que afetou a distribuição de água na cidade.
A partir do decreto, “fica autorizada a mobilização de todos os Órgãos Municipais para atuarem, nas ações necessárias para minimizar os efeitos causados pela falta de abastecimento de água potável”.
Além disso, a medida também permite a prefeitura dispensar licitações para contratos de curto prazo (até 180 dias) para aquisição de bens necessários às atividades emergenciais de prestação de serviços de abastecimento de água e obras.
Ainda segundo o decreto, a prefeitura acusa a Copasa de não apresentar soluções para o problema, além de ressaltar sobre o risco de desabastecimento de hospitais, clínicas, escolas e demais serviços públicos e privados. Nove escolas tiveram as atividades suspensas nesta sexta-feira (4) por falta d’água.
Moradores de diversos bairros seguem prejudicados por um rompimento de uma adutora sobre o rio Paraopeba, entre Betim e Juatuba. O incidente ocorreu na terça-feira (1º) e suspendeu o abastecimento de água em mais de 30 bairros da cidade, além dos municípios de Mateus Leme e Juatuba.
A Copasa chegou a restabelecer os serviços em algumas áreas afetadas, no entanto, dez bairros continuam sem água. Mais cedo, o jornal “O Tempo” noticiou que uma outra adutora da empresa teria apresentado problemas, comprometendo parte do sistema Serra Azul, responsável por atender mais de 1 milhão de habitantes da Grande BH. O Agenda Betim entrou em contato com a companhia para confirmar a informação e aguarda o retorno.
No fim da tarde, a empresa convocou uma entrevista coletiva para informar as ações programadas para a normalização do abastecimento de água na região. O diretor de empreendimentos da Copasa, Ricardo Simões, disse que a recuperação total da adutora pode levar até seis meses. Até lá, manobras na rede de distribuição devem garantir o abastecimento por meio do Sistema Rio Manso até que uma adutora de menor porte seja construída na região do rio Paraopeba.