A Constituição diz que a República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal. Se faz necessário lembrar esse trecho para alguns.
Ainda inconformado com o resultado das eleições, Vittorio Medioli (sem partido), empresário e prefeito de Betim, segue fomentando o ódio contra a população do Nordeste por sua escolha majoritária, sugerindo até separá-la do país. Como ferramenta para disseminar sua aversão à região e à democracia, utiliza-se do próprio veículo de comunicação, o jornal “O Tempo”.
Em um artigo publicado no domingo, Medioli diz que se espalha a ideia de uma “divisão territorial, por meio de um divórcio consensual”. Ele separa o país em dois lados, “um que produz mais e arrecada impostos, e outro, paradoxalmente mais carente, que vive das transferências”. Na semana anterior, o político já havia dado declarações xenofóbicas e elitistas sobre o resultado do 2º turno.
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O prefeito, por ignorância ou mau-caratismo (possivelmente a segunda opção), não menciona o fato de o petista ter sido escolhido pela maioria em 13 estados das regiões Norte, Nordeste e Sudeste, somando mais de 60 milhões de votos. Minas Gerais, que fica no Sudeste, deu maioria dos votos a Lula.
Em 2018, Bolsonaro foi a escolha da maioria, e a vida seguiu. No pleito deste ano, 50,9% dos eleitores do Brasil escolheram Lula para presidente. Por mais apertada que tenha sido a vitória, em uma democracia, vence o candidato que obtém mais votos. Medioli, o país precisa de estabilidade institucional, e não mais lenha na fogueira.