Vista aérea da região central de Betim (MG)
Foto: PMB
Vista aérea da região central de Betim (MG)
Foto: PMB

A variante delta do coronavírus já circula em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. A confirmação ocorreu neste sábado (21) através de pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Segundo a prefeitura, a paciente, que tem 73 anos, é moradora da região do Alterosas e não tem histórico de viagens recentes.

De acordo com a coordenadora da pesquisa, Ana Valesca Fernandes, a identificação da variante foi feita por genotipagem. Agora, a equipe da UFMG está realizando o sequenciamento do vírus. Esta é a segunda fase da pesquisa “Soroprevalência para SARS-CoV-2 em residentes de Betim, MG, 2020”, desenvolvida no município desde abril de 2020. Nesta etapa é feito o monitoramento das variantes do coronavírus em Betim, por meio de amostras coletadas de pacientes atendidos nas Unidades de Pronto Atendimento e hospitais do município. Nas duas fases, a pesquisa já colheu cerca de 7 mil amostras.

Conforme explica Ana Valesca, na primeira etapa do estudo, realizado com a coleta de amostras em residências de toda a cidade, os principais sintomas detectados foram coriza, tosse, dor de cabeça e perda de olfato e paladar. Já nesta segunda fase os sintomas prevalecentes são dor no corpo, diarreia, febre e cansaço. “A identificação dos principais sintomas serve de alerta para a população, que deve ficar atenta e seguir com os cuidados para evitar a contaminação”.

O secretário municipal de Saúde, Augusto Viana, ressalta a importância do estudo para a condução acertada do enfrentamento à pandemia no município. “Os resultados, ao longo de todo processo, vêm norteando nossas ações. Agora, com a constatação da variante, vamos monitorar a paciente e os contatos dela para garantir assistência adequada e ampliar a testagem no círculo familiar”.
Viana esclarece que os resultados da fase atual permitirão acompanhar a identificação das variantes em pessoas residentes em Betim ou o surgimento de novas mutações do vírus, além de continuar norteando as ações da gestão municipal de combate à covid-19.

Importância da vacina

Segundo a pesquisadora, a variante delta é mais transmissível e pode infectar com carga viral mais alta. “Com as duas doses da vacina, a pessoa estará mais protegida e, caso infectada, desenvolverá um quadro mais brando da doença, como no caso da idosa contaminada em Betim, que, mesmo tendo comorbidade, não desenvolveu a forma grave da covid-19.”

Até a última atualização da Secretaria Municipal de Saúde, cerca de 53,7% da população da cidade recebeu ao menos uma dose da vacina contra a Covid. Por outro lado, a porcentagem com a imunização completa – seja com as duas doses ou com a vacina de dose única – chegou a apenas 20,7%.

Ana Valesca alerta ainda para a importância de se manter todos os cuidados, como uso de máscara, distanciamento social e higienização das mãos, mesmo depois de receber as duas doses da vacina.

Desde o início da pandemia, foram confirmados 31.355 casos da Covid-19 em Betim. No período 1.349 pessoas morreram em decorrência da doença.

 

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