Embora tenha ampliando a capacidade de atendimento aos pacientes com suspeita e confirmação da Covid-19, os hospitais de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, seguem com alta taxa de ocupação. Na última atualização feita pela Secretaria Municipal de Saúde, na tarde de quinta-feira (8), a ocupação nos leitos de UTI subiu para 98%. Um dia antes, a taxa estava em 89%, devido ao acréscimo de dez novos leitos. Já nos leitos de enfermaria, 96% estavam ocupados.
A rede pública de saúde municipal possui 110 leitos de UTI e outros 90 de enfermaria, destinados aos pacientes com suspeita e confirmação de covid-19, atendendo Betim e outros 12 municípios da região.
Ainda de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde, são 94 pacientes residentes de Betim internados nas unidades do Centro de Cuidados Intensivos (Cecovid-4), e no Hospital de Campanha (Cecovid-2). Estes pacientes já tiveram o exame confirmado para o coronavírus.
Ontem (8), em uma transmissão nas redes sociais, o prefeito Vittorio Medioli (PSD), falou da dificuldade na expansão dos leitos de internação na cidade. Segundo Medioli, mesmo tendo os equipamentos prontos para ampliar em mais 40 vagas de UTI (chegando a 160 no total), o país enfrenta problemas na produção de medicamentos para intubação.
“Hoje a falta no Brasil de sedativos para manter a intubação, faz com que o Governo Federal e outras entidades disputem a produção dos sedativos. Betim tem um contrato contínuo, e hoje temos estoque para cerca de dez dias, mantendo esse nível de intubação. Os fornecedores não estão nos confirmando [a compra] porque há um sequestro na fonte. Hoje o SUS está se apoderando e distribuindo. Agora, quem já tinha feito suas compras, há muito tempo, está sofrendo essas restrições” disse.