02.jun.2021 - Bruno Cypriano fala sobre vacina Sputnik em CPI na Câmara Municipal de Betim (Imagem Reprodução)
02.jun.2021 – Bruno Cypriano fala sobre vacina Sputnik em CPI na Câmara Municipal de Betim (Imagem Reprodução)

Durante a primeira audiência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, realizada nesta quarta-feira (2), que visa apurar possíveis omissões da empresa VLI Multimodal S.A sobre os acidentes e projetos de intervenções na ferrovia que corta o município, o procurador-geral do município, Bruno Cypriano, foi questionado sobre um outro assunto: a viagem feita por ele à Rússia, no mês passado, para tratar das negociações sobre a compra da vacina Sputnik V.

02.jun.2021 - Bruno Cypriano fala sobre vacina Sputnik em CPI na Câmara Municipal de Betim (Imagem Reprodução)
02.jun.2021 – Bruno Cypriano fala sobre vacina Sputnik em CPI na Câmara Municipal de Betim (Imagem Reprodução)

O vereador Alexandre Xeréu (Pros), perguntou se foram gastos recursos do município na viagem e como estavam as negociações para a aquisição dos imunizantes. Em março, Betim anunciou a compra de 1,2 milhão de doses da Sputnik, com previsão de chegada em abril. No entanto, o prazo foi alterado para o fim de maio e, após a negativa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a importação do imunizante, nenhum outro prazo foi dado.

Bruno Cypriano disse que os gastos da viagem foram pagos pelo Fundo Russo, sem nenhum ônus para o município. “Nós fomos convidados em uma comitiva oficial para conversar com o Fundo Soberano da Rússia, que é o responsável pela comercialização da vacina. Foi uma viagem bancada por eles, e as outras despesas, como meu transporte até São Paulo e meus custos na Rússia foram bancados por mim. Não houve nenhuma disponibilização de recursos públicos”, disse.

De acordo com Cypriano, Betim aguardará até sexta-feira (4), nova posição da Anvisa em relação ao pedido de aprovação da vacina. Em caso positivo, o Brasil receberia em até quatro semanas o imunizante.

— Nós fomos em uma comitiva especial para tratar do assunto vacinas e lá foi nos garantido com o Fundo Russo – é importante destacar que nós fomos os primeiros brasileiros a serem recebidos pessoalmente pelo Fundo – que eles garantiram 15 milhões de doses para o Brasil no primeiro semestre, sendo que Betim teria as primeiras doses enviadas, e outras 15 milhões para o segundo semestre. Com uma condição: a liberação pela Anvisa. Sexta-feira a Anvisa irá se pronunciar sobre a liberação ou não. Foi nos relatado que eles (Fundo Russo) já haviam enviado a documentação para que fosse liberada a vacina e, então, da liberação, em quatro semanas a vacina estaria em solo brasileiro.

Críticas ao Governo Federal

— Eu recebi diversas perguntas, como por que fomos negociar uma vacina que não foi liberada, por exemplo. Exatamente porque a União não negociou as vacinas que não foram liberadas e que hoje nós não temos vacinas. Quem chega primeiro na demanda, que é muito maior que a oferta, consegue as vacinas.

 

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