O desemprego no Brasil atingiu o mais alto nível para um trimestre encerrado em janeiro. A taxa, de 14,2%, no entanto, ficou estável em relação ao trimestre anterior. O número de pessoas desempregadas continuou estimado em 14,3 milhões.
Já o total de pessoas ocupadas neste período foi de 86 milhões, um aumento de 2%. Isto representa 1,7 milhão de pessoas a mais no mercado de trabalho em relação ao trimestre encerrado em outubro. A expansão é a maior para um trimestre encerrado em janeiro.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgada nesta quarta-feira (31) pelo IBGE.
A maior parte do aumento na ocupação veio dos trabalhadores informais, ainda sob a influência do final do ano, já que novembro e dezembro tiveram altas importantes.
Para a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, o trabalhador por conta própria e o empregado no setor privado sem carteira permanecem sendo aqueles que estão contribuindo mais para o crescimento da ocupação no país, diante da perda de força nos postos de trabalho na indústria, comércio e construção.
A pesquisa mostra que o grupo dos desalentados, aqueles que não buscaram trabalho, mas que gostariam de conseguir uma vaga e estavam disponíveis para trabalhar foi estimado em 5,9 milhões de pessoas, o maior número desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012.
Em relação ao mesmo período do ano passado, quando havia no Brasil 4,7 milhões de desalentados, houve um acréscimo de 25,6%.