Como micro e pequenos empresários estão se reinventando para sobreviver à crise

A pandemia do coronavírus forçou o fechamento do comércio e de serviços, preocupando micro e pequenas empresas que temem fechar as portas de vez. Além das medidas anunciadas pelo governo, como a adoção do teletrabalho, antecipação das férias e revisão de contratos, o que mais o microempreendedor pode fazer para minimizar os prejuízos e sobreviver à crise?

Para a professora de Gestão de Marketing e Inteligência de Mercado do MBA do Centro Universitário Una, Rachel Patrocínio, é preciso se reinventar. “É um momento sem precedentes, onde criatividade e estratégia serão fundamentais para sobreviver. Os donos de negócios, mais do que nunca, precisarão mergulhar em seus processos internos e redescobrir uma forma de chegar no consumidor de forma empática”, diz.

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Para a especialista, com a loja física fechada, a hora é de investir no ambiente virtual. Mas, não basta oferecer o produto ou serviço. “É preciso vender valor, conceito, solução e não simplesmente um produto”, diz.

Ela ressalta a importância de olhar para o mercado de forma geral para ver como outras empresas estão atuando, não necessariamente o concorrente. “Grandes ideias podem vir de qualquer lugar. Mas o mais importante é entender seu processo de venda e encurtar os caminhos até o consumidor. Mais do que nunca, o Instagram está se consolidando como uma importante plataforma e pode ser o melhor aliado na comunicação direta com consumidores”, aponta.

Para o professor de Gestão de Negócios da Una, Eustáquio Lopes, é preciso buscar soluções específicas para cada negócio, rever os custos, e reduzir ao máximo as despesas operacionais, como compra de insumos que não sejam essenciais para o funcionamento mínimo do negócio e deslocamentos desnecessários. Procurar os fornecedores para renegociar também é importante, uma vez que eles também têm interesse em manter os clientes. “O fundamental é manter o negócio vivo, ou seja, funcionando ativamente, mesmo que de forma mínima”, alerta.

O salão DL Beauty está fechado, porém, vendendo pacotes antecipados com descontos imperdíveis para serem utilizados quando o funcionamento voltar ao normal.

A loja de roupas Mimos da Pretinha, no Bairro Ipiranga, em Belo Horizonte, está enviando as compras devidamente higienizadas via aplicativo (Rappi) para os clientes.

Várias lojas de calçados como Constance, Equipage e Uza estão disponibilizando, sem custo, a visita do consultor de vendas, mediante agendamento.

Restaurantes já estão vendendo vouchers com descontos de forma antecipada para o crédito ser usado após a reabertura desses estabelecimentos.

 

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