panorâmica da região central de Betim (MG)

Um estudo que vem sendo realizado pela UFMG com auxílio da Prefeitura de Betim está mapeando a circulação do novo coronavírus na cidade, e apresenta os primeiros resultados da primeira etapa.

A primeira rodada da pesquisa foi realizada entre 2 e 5 de junho, com uma mostra de 1.080 pessoas, estratificada por idade e sexo. Foram preenchidos 1.079 inquéritos epidemiológicos e realizados 2.158 exames: 1.079 testes rápidos e 1.079 RT-PCR.

O relatório parcial aponta que 0,46% da população já teve contato com o vírus e que município pode ter 11 vezes mais casos da Covid19. O estudo tem como base a população do município, de 439.340 habitantes, e tem um nível de confiança de 90% e margem de erro máxima de 2,5%.

De acordo com a doutora Ana Valesca Fernandes, a pesquisa mostrou ainda a presença de dois grupos de risco em Betim. Os adultos jovens, de 20 a 59 anos, são a maioria da população (63%) e 33% deles apresentam alguma comorbidade, podendo desenvolver a forma grave da Covid-19. O outro grupo são os idosos, acima de 60 anos, que representam 9% da população.

Eles possuem uma ou mais comorbidades e apresentam alto risco de doença grave. “As comorbidades mais referidas no estudo foram hipertensão e diabetes, que são consideradas preditoras da forma grave da Covid-19. Ou seja, quem tem essas duas comorbidades pode vir a ter a forma grave da doença”, afirmou Ana Valesca.

De acordo com o secretário adjunto de Gestão da Saúde, Augusto Viana, os resultados preliminares da pesquisa já darão subsídios para a tomada de decisões da gestão.

“O grupo etário de 20 a 59 anos é o que está economicamente ativo e mantém maior contato e mobilidade social. Nossas ações de prevenção ao contágio do coronavírus já atingem esse público e deverão se intensificar para evitar que essas pessoas se contaminem e transmitam o vírus para os familiares”, comentou o secretário.

(Imagem CDC/Pexels)

Segunda fase da pesquisa

A segunda rodada do trabalho de campo da pesquisa será realizada nos dias 23, 24 e 25 de junho. Novamente, os pesquisadores visitarão 1.080 residências em todas as regionais de Betim, sorteadas por um programa e computador. Será aplicado um questionário e realizados os dois exames, teste rápido e rt-PCR.

Os profissionais das equipes que realizarão o trabalho de campo estarão uniformizados e identificados. E em todos os documentos, autorizações e formulários da pesquisa constarão o telefone para que os participantes possam confirmar a idoneidade da pesquisa.

Com informações da PMB

 

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