Fundadora do Salão do Encontro comemora aniversário nesta quinta, 28 de março

Uma mulher de fibra, altruísta, a frente de seu tempo, com uma vida dedicada a ajudar o próximo, oferecendo o melhor. Os 95 anos de Dona Noemi Gontijo podem ser abreviados a esses atos.

Nascida em 28 de março de 1924, na cidade de Luz, Minas Gerais, a fundadora do Salão do Encontro, sempre se preocupou com as pessoas necessitadas, sensibilidade que desenvolveu com incentivo da avó.

“Ela sempre falava comigo: gosta sempre do pobre porque ninguém gosta dele. Eu tive esse exemplo de gostar daqueles que praticamente todo mundo despreza. Por isso, queria fazer uma coisa que pudesse torná-los felizes”, afirma Dona Noemi.

E ela deu força a esse desejo de proporcionar mais qualidade de vida às pessoas com a fundação do Salão do Encontro, associação de serviço social em Betim, que une educação, arte e cultura há 48 anos.

A educadora e artesã, diplomada como professora com especialização em Artes Industriais e Educação Artística pelo MEC, veio para Betim na década de 1970. Foi quando, junto com o Frei Stanislau Bertold, fundou o Salão do Encontro para oferecer oportunidades às pessoas com problemas sociais e combater a pobreza e a miséria. “Nossa proposta era ajudar quem não tinha nada. As primeiras crianças eram muito carentes, não tinham comida direito, roupa, nem acesso à educação. Durante toda a minha vida, isso me
preocupou bastante. Essas crianças queriam e precisavam de mais, e eu queria dar mais do que alimentação a elas. Desejava que elas tivessem uma visão do que é a vida e que tivessem uma profissão”, ressalta.

Dona Noemi sempre se preocupou em oferecer o melhor para os beneficiados pelo projeto. “Minha preocupação é dar para eles só o melhor, o mais bonito; e não satisfazer com qualquer coisa. Eu gosto é do
mais belo”, afirma.

O primor pela excelência lhe garantiu vários prêmios como o Prêmio Bom Exemplo da Rede Globo Minas na Categoria Personalidade do Ano em 2013; Prêmio Melhores de Hoje, em 2001, concedido pelo Jornal Hoje em Dia; Medalha Gustavo Capanema, homenagem do Governo de Minas Gerais, em 2001, pela destacada contribuição ao Desenvolvimento da Cultura e da Educação do Estado; e Ordem Nacional do Mérito concedido pelo Ministério da Educação e do Desporto em 1994, entre vários outros prêmios.

Essa intenção rendeu uma história admirável que não chegou ao fim: o Salão do Encontro já atendeu mais de 11 mil famílias de Betim, por meio da educação, da assistência social, das oficinas de artesanato que geraram renda para centenas de profissionais, idosos e pessoas com deficiência, da capacitação profissional, e do acolhimento institucional de crianças e adolescentes no município de Vespasiano.

“O Salão do Encontro é a minha realização, é o projeto para ajudar as pessoas, não com o paliativo, mas sim oferecendo o caminho para que elas mesmas descubram o potencial que têm”, afirma a presidente de honra do Salão do Encontro.

Salão do Encontro

Com 48 anos de história, o Salão do Encontro é uma instituição referência na promoção de desenvolvimento social por meio da educação, da capacitação profissional e da assistência social.

Atualmente, mais de 1.200 pessoas são atendidas diariamente pelas atividades de educação, iniciação profissionalizante e fortalecimentos de vínculos, realizadas em Betim e acolhimento institucional para crianças e adolescentes no município de Vespasiano.

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