Os serviços não essenciais foram suspensos por tempo indeterminado nas cidades de Belo Horizonte e Contagem desde a manhã desta segunda, 29, e em Ribeirão das Neves, a partir desta terça-feira (30), em uma tentativa de diminuir a sobrecarga nos leitos de UTI com pacientes diagnosticados com a Covid-19.
Com o fechamento do comercio nessas cidades, é provável que aumente o trânsito de moradores para Betim, assim como aconteceu quando a cidade havia sido uma das primeiras a permitir a reabertura do comércio, em 22 de abril.
Até o dia 02/06, os casos confirmados de Covid-19 haviam aumentado de 10 para 130 e 10 óbitos haviam sido registrados em Betim, forçando a administração municipal decretar o fechamento dos shoppings e academias. Na semana seguinte, os demais serviços não essenciais também foram fechados por 12 dias.
No dia 18/06, um dia antes de liberar a abertura do comércio, o prefeito de Betim, Vittorio Medioli, em entrevista para a Rádio Itatiaia, atribuiu o crescimento de casos de Covid-19 em Betim ao grande fluxo de pessoas vindas de outras cidades, em que o comércio estava fechado, para fazerem compras em Betim.
“Betim foi ‘tomada de assalto’ por pessoas que vinham de fora para fazer compras. Muita gente saía de Belo Horizonte para fazer compra no shopping de Betim. Essa invasão de pessoas de Belo Horizonte que provoca um aumento de possibilidade de infectados na nossa cidade”, disse.
Com o novo decreto que permitiu a volta dos serviços não essenciais, a prefeitura estabeleceu medidas que buscam diminuir a movimentação na cidade, entre elas, o revezamento no funcionamento do comércio, limitação de membros por família dentro destes estabelecimentos e proibição da entrada de idosos em determinados locais.
A reportagem entrou em contato com a prefeitura de Betim para saber se é estudada alguma medida de controle nos próximos dias, como as barreiras sanitárias, na entrada de Betim, visando identificar possíveis casos suspeitos de covid-19 nas pessoas que adentram Betim, no entanto, não obteve retorno.