Laço azul
(Imagem Pixabay/Pexels)
Laço azul
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Novembro Azul foi criado para ajudar na conscientização das pessoas a respeito da necessidade da prevenção e diagnóstico do câncer de próstata. A campanha é realizada anualmente e reforça que a enfermidade é um dos tumores mais comuns no mundo. Mas uma grande preocupação dos especialistas está nas pessoas com deficiência física e intelectual, por isso, o Dr. Luiz Antônio, médico urologista parceiro do CENSA Betim, instituição com 56 anos de história nos cuidados a pessoas com deficiência intelectual e autismo, explica detalhadamente sobre como é feito o atendimento a essas pessoas com estas condições.

De acordo com o médico, os protocolos de prevenção e diagnóstico do câncer de próstata em pessoas com deficiência seguem as diretrizes previstas para o público masculino. “Primeiramente, paciência associada ao respeito, procurando entender o paciente da melhor maneira possível. No CENSA, o trabalho que fazemos é em consonância com a Sociedade Brasileira de Urologia, com exames em homens acima de 40 anos que tem histórico familiar de câncer de próstata e da raça negra. E, no geral, pessoas do sexo masculino com mais de 45 anos de idade”, explica.

Segundo o especialista, os sintomas observados em pessoas com deficiência intelectual, que podem trazer um alerta para responsáveis e cuidadores, estão em questões simples do dia a dia. Por isso, ele lembra dos exames que devem ser feitos sempre. “Geralmente os sintomas observados estão na dificuldade para urinar, retenção urinária, hematúria e frequente infecção urinária. Quanto aos exames, é indicado e necessário fazer o PSAL/PSAT (PSA Livre e PSA Total) e EAS (Exame de urina). É essencial também, se for possível, fazer o ultrassom da pelve com resíduo urinário ou se necessário, biópsia em caso suspeito de câncer de próstata”, indica.

Exame de toque

Questionado sobre o exame de toque, algo ainda visto com certo preconceito por muitos homens, o urologista  que atende os educandos do CENSA Betim lembra que no caso das pessoas com deficiência, a situação não é diferente, e todos os exames são realizados normalmente para a prevenção do tumor. Ele ainda reforça que todos os homens devem se prevenir.  “No caso das pessoas com deficiência, não temos problemas [para a realização dos exames], até porque eles comportam bem. O que faço questão de reforçar é que todos os homens, acima de 45 anos devem se submeter ao exame preventivo da próstata uma vez ao ano. Fazendo isso, fica mais fácil detectar e resolver quaisquer problemas precocemente”, conclui.

 

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