Agente de combate à dengue em vistoria de caixa d'água (Imagem PMB Divulgação)
(Imagem de arquivo/PMB/Divulgação)

A Prefeitura de Betim concluiu na última semana o Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa) referente a outubro, revelando um Índice de Infestação Predial (IIP) de 2,5%. Esse valor, correspondente a 25 imóveis com focos do mosquito a cada mil visitados, indica médio risco de epidemia de dengue no município. Mais de 90% dos focos foram identificados em áreas internas ou quintais das residências.

Áreas de maior risco

Entre os 20 estratos avaliados, três se destacaram com IIP acima de 4%: Icaivera, Norte I e Vianópolis, configurando alto risco para epidemias de arboviroses como dengue, chikungunya e zika. Apenas dois desses estratos apresentaram índices inferiores a 1%, caracterizando baixo risco.

Principais criadouros

Os depósitos móveis de água, como pratos de vasos, bebedouros e materiais de construção, representaram 41,6% dos focos encontrados, segundo o levantamento. Outras categorias incluem depósitos ao nível do solo (19,4%) e resíduos descartáveis, como garrafas e recipientes plásticos (19%).

Medidas de combate

Diante dos resultados, a prefeitura informou que intensificou as ações nos bairros mais críticos, com a atuação de agentes de combate a endemias (ACEs) para:

  • Orientar moradores sobre a eliminação de reservatórios de água;
  • Distribuir capas para tambores e caixas d’água;
  • Aplicar inseticidas de baixa toxicidade quando necessário;
  • Promover mutirões de limpeza e ações educativas sobre descarte adequado de resíduos.

Ainda segundo a prefeitura, 101 novos agentes e oito supervisores de campo foram contratados, totalizando 224 ACEs e 24 supervisores. “A presença contínua dos agentes de endemias em todas as áreas da cidade ampliou a cobertura das ações de prevenção e controle da dengue e outras arboviroses. Ainda assim, a participação da população é essencial para que não tenhamos uma nova epidemia. Os moradores devem realizar a limpeza periódica de suas casas, eliminando ou tampando objetos que possam acumular água”, reforça Fábia Ariane e Fonseca, diretora de Vigilância em Saúde.

Mobilização

Com a chegada do período chuvoso, os agentes alertam para a necessidade de redobrar os cuidados. Entre as recomendações estão evitar o acúmulo de água em recipientes, manter caixas d’água tampadas e descartar corretamente materiais que possam servir de criadouro para o mosquito.

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